É preciso haver comunicação entre o Poder Legislativo e a sociedade
A Câmara Municipal é constituída de vereadores eleitos para representar o povo. Nesse sentido ela deveria ouvir e prestar conta ao povo de suas ações. Na prática não é bem assim que acontece, um vez eleito o representante passa a tomar as decisões, não mais em favor dos representados, mas em benefícios do partido no qual está coligado.
Foi o que aconteceu no último dia 05 de novembro em Fernando Pedroza. Nesse município a oposição é constituida de um terço dos vereadores que compõe o Legislativo, Francimário de Souza Araújo, Francimagnos Alves Batista e a vereadora Érika Mirely de Oliveira. Os dois primeiros tomaram uma decisão que não agradou aos seus eleitores.
Ambos os vereadores, juntamente com os demais colegas da situação, reelegeram o Sr. Mário Martins de Miranda Neto para o cargo de presidente da Câmara Municipal de Fernando Pedroza, biênio 2011-2012. A ação deixou os partidários da oposição revoltados.
O descontentamento tem motivado a população a fazer suposições em relação ao fato. Pelo que observamos acreditam que houve troca de favores. Não admitem que a escolha tenha sido em reconhecimento a competência e a responsabilidade do vereador eleito. Mas, sim, que votaram por preço.
Essa idéia presente na cabeça dos fernando-pedrozense, não é boa. Ela transparece a suposição de há os vereadores que compram os votos e há os que vendem os votos. Não acreditamos que isso ocorra, até porque, o candidato seria eleito independentemente dos votos da oposição.
Contudo, não é bom para democracia, nem para o legislativo municipal a idéia de que há corrupção nessa casa. Devemos considerar que são as idéias e imaginações que conduzem as nossas ações. Portanto, não devemos dá lugar a maus entendidos. Nem induzir as pessoas a conceberem pensamentos que fogem da realidade.
A solução para o problema seria, portanto, trabalhar com transparência, usar a sinceridade e verdade. Para isso, era suficiente, informar a sociedade local as ações que são desenvolvidas na Casa do Povo. Um jornal de periodicidade bimestral e a divulgação das sessões plenárias em uma rádio comunitária, atenderia a necessidade de informação, de modo que permitiria as pessoas fazerem suas análises de forma justa. Se houvesse comunicação entre o legislativo e a sociedade hoje não estaríamos vivenciando essa situação de conflito entre o povo e os vereadores.
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