A IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA E DOS SERVIÇOS PARA FERNANDO PEDROZA
A Importância da Indústria e dos Serviços para Fernando Pedroza
Texto apresentado em 2004 ao Ms. José Romero Araújo Cardoso, professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, para obtenção da terceira nota da disciplina Geografia da Indústria e dos Serviços.
Conhecer a importância da indústria para o município é compreender a influência dessa atividade na organização do espaço geográfico.
1. A IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA E DOS SERVIÇOS PARA FERNANDO PEDROZA
Fernando Pedroza apresenta inúmeras dificuldades para o desenvolvimento da atividade industrial, podemos citar como exemplo, o tamanho da população, que em 2004 não ultrapassava 2.547 habitantes, o baixo poder aquisitivo dessa população e a pobreza de diversidade de recursos naturais. Segundo ANDRADE "a produção de bens e mercadorias localiza-se em áreas mais favoráveis á sua produção e conforme a localização do mercado consumidor" (p. 41).
Mas, apesar das dificuldades, foi a atividade industrial que proporcionou o desenvolvimento do município nas décadas de 1920 a 1980. Nesse período a cultura do algodão estava em alta e para garantir o escoamento da produção o governo construiu rodovias e estradas de ferro (SANTOS, 1994).
Foi justamente a construção da estrada federal que liga Angicos a Lajes que fomentou o povoado de São Romão, que em 26 de junho de 1992, conforme lei nº 6.301, passou a se chamar Fernando Pedroza. O povoado surgiu em meados de 1920 e em 1929 já contava com a Usina São Joaquim e um campo experimental que fazia experiência com os tipos de algodão de fibra longa a fim de melhorá-los.
Segundo SANTOS 1994 esse Campo Experimental da Fazenda São Miguel foi de grande importância para a economia potiiguar. Pois os conhecimentos tecnológicos, saídos desses experimentos, eram transmitidos aos agricultores que adquiriam as sementes gratuitamente. A distribuição das sementes garantia a qualidade do produto. Já que isso era uma exigência do mercado externo. Anos depois se instalou na Fazenda São Miguel uma Usina de beneficiamento de algodão a Algodoeira São Miguel.
O crescimento aumento da produção levou o estado, para facilitar o escoamento da produção, a instalar em 1932 a estrada de ferro, ligando Angicos a Lajes. A estrada de ferro além de beneficiar as usinas, dinamizou o comércio Fernando-pedrozense.
O desenvolvimento da indústria algodoeira atraiu para São Romão (como era conhecido o município antes de sua emancipação) pessoas de outras cidades do estado do Rio Grande do Norte, para trabalharem no campo cultivando algodão ou na usina.
Com o fracasso da cotinocultura conseqüentemente o fechamento das Usinas, as pessoas que moravam no povoado saíram em busca de outras oportunidades de trabalho; as que moravam no campo buscaram as cidades pois a situação no campo tornou-se insustentável. Os proprietários não mais permitiam a agricultura de subsistência em suas terras.
Quando o algodão estava dando lucro os fazendeiros permitiam os agricultores plantarem o feijão, o milho, a melancia e outros, entre o algodão. Isso garantia o cuidado com o algodão que enquanto o agricultor cuidava de sua lavoura automaticamente tratava dos pés de algodão. com a falência das usinas de beneficiamento de algodão não havia quem comprasse o produto, conseqüentemente os proprietários expulsaram os agricultores de suas terras.
É importante destacar que Fernando Pedroza tem três grandes proprietários de terra sendo que nenhum tem demonstrado interesse em desenvolver a atividade agrícola ou a pecuária.
Atualmente não se tem perspectiva para o desenvolvimento da atividade industrial no município, até porque não se têm as mesmas condições e influências como as que tivemos no passado. As principais atividades econômicas desenvolvidas no estado não condizem com a nossa realidade. No entanto, se o governo municipal implantar políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de atividades manufatureiras, podemos melhorar as condições de sobrevivência dos fernando-pedrozense. CARLOS 1992 afirma que "a cidade vai ganhando expressão à medida que nela vai se desenvolvendo num primeiro momento a manufatura".
2. CONCLUSÃO
O desenvolvimento da atividade industrial do município de Fernando Pedroza não se deu apenas pelo seu potencial agrícola, mas acima de tudo por influência política do grande proprietário das terras de São Joaquim, Fernando Gomes Pedroza (1886) e o momento econômico do estado, onde o algodão era o principal produto de exportação.
Conclui-se com este trabalho que o principal obstáculo para o desenvolvimento da indústria no município de Fernando Pedroza é a falta de interesse político, porque antes passávamos pelas mesmas dificuldades que temos hoje, no entanto a vontade de um homem foi capaz de superar esses obstáculos.
3. BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Manoel Correia de. Geografia Econômica. 12. ed. São Paulo/SP: Atlas, 1998.
CARLOS, Ana Fani A. Espaço e Indústria. 5. ed. São Paulo/SP: Contexto, 1992.
NETTO, Eugênio. Fernando Gomes Pedroza: um centenário que honra a indústria brasileira. Rio de Janeiro/RJ: Artes Visuais Produções, s.d.
SANTOS, Paulo Pereira dos. Evolução econômica do Rio Grande do Norte: século XVI ao XX. Natal/RN: Clima, 1994.
Conhecer a importância da indústria para o município é compreender a influência dessa atividade na organização do espaço geográfico.
1. A IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA E DOS SERVIÇOS PARA FERNANDO PEDROZA
Fernando Pedroza apresenta inúmeras dificuldades para o desenvolvimento da atividade industrial, podemos citar como exemplo, o tamanho da população, que em 2004 não ultrapassava 2.547 habitantes, o baixo poder aquisitivo dessa população e a pobreza de diversidade de recursos naturais. Segundo ANDRADE "a produção de bens e mercadorias localiza-se em áreas mais favoráveis á sua produção e conforme a localização do mercado consumidor" (p. 41).
Mas, apesar das dificuldades, foi a atividade industrial que proporcionou o desenvolvimento do município nas décadas de 1920 a 1980. Nesse período a cultura do algodão estava em alta e para garantir o escoamento da produção o governo construiu rodovias e estradas de ferro (SANTOS, 1994).
Foi justamente a construção da estrada federal que liga Angicos a Lajes que fomentou o povoado de São Romão, que em 26 de junho de 1992, conforme lei nº 6.301, passou a se chamar Fernando Pedroza. O povoado surgiu em meados de 1920 e em 1929 já contava com a Usina São Joaquim e um campo experimental que fazia experiência com os tipos de algodão de fibra longa a fim de melhorá-los.
Segundo SANTOS 1994 esse Campo Experimental da Fazenda São Miguel foi de grande importância para a economia potiiguar. Pois os conhecimentos tecnológicos, saídos desses experimentos, eram transmitidos aos agricultores que adquiriam as sementes gratuitamente. A distribuição das sementes garantia a qualidade do produto. Já que isso era uma exigência do mercado externo. Anos depois se instalou na Fazenda São Miguel uma Usina de beneficiamento de algodão a Algodoeira São Miguel.
O crescimento aumento da produção levou o estado, para facilitar o escoamento da produção, a instalar em 1932 a estrada de ferro, ligando Angicos a Lajes. A estrada de ferro além de beneficiar as usinas, dinamizou o comércio Fernando-pedrozense.
O desenvolvimento da indústria algodoeira atraiu para São Romão (como era conhecido o município antes de sua emancipação) pessoas de outras cidades do estado do Rio Grande do Norte, para trabalharem no campo cultivando algodão ou na usina.
Com o fracasso da cotinocultura conseqüentemente o fechamento das Usinas, as pessoas que moravam no povoado saíram em busca de outras oportunidades de trabalho; as que moravam no campo buscaram as cidades pois a situação no campo tornou-se insustentável. Os proprietários não mais permitiam a agricultura de subsistência em suas terras.
Quando o algodão estava dando lucro os fazendeiros permitiam os agricultores plantarem o feijão, o milho, a melancia e outros, entre o algodão. Isso garantia o cuidado com o algodão que enquanto o agricultor cuidava de sua lavoura automaticamente tratava dos pés de algodão. com a falência das usinas de beneficiamento de algodão não havia quem comprasse o produto, conseqüentemente os proprietários expulsaram os agricultores de suas terras.
É importante destacar que Fernando Pedroza tem três grandes proprietários de terra sendo que nenhum tem demonstrado interesse em desenvolver a atividade agrícola ou a pecuária.
Atualmente não se tem perspectiva para o desenvolvimento da atividade industrial no município, até porque não se têm as mesmas condições e influências como as que tivemos no passado. As principais atividades econômicas desenvolvidas no estado não condizem com a nossa realidade. No entanto, se o governo municipal implantar políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de atividades manufatureiras, podemos melhorar as condições de sobrevivência dos fernando-pedrozense. CARLOS 1992 afirma que "a cidade vai ganhando expressão à medida que nela vai se desenvolvendo num primeiro momento a manufatura".
2. CONCLUSÃO
O desenvolvimento da atividade industrial do município de Fernando Pedroza não se deu apenas pelo seu potencial agrícola, mas acima de tudo por influência política do grande proprietário das terras de São Joaquim, Fernando Gomes Pedroza (1886) e o momento econômico do estado, onde o algodão era o principal produto de exportação.
Conclui-se com este trabalho que o principal obstáculo para o desenvolvimento da indústria no município de Fernando Pedroza é a falta de interesse político, porque antes passávamos pelas mesmas dificuldades que temos hoje, no entanto a vontade de um homem foi capaz de superar esses obstáculos.
3. BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Manoel Correia de. Geografia Econômica. 12. ed. São Paulo/SP: Atlas, 1998.
CARLOS, Ana Fani A. Espaço e Indústria. 5. ed. São Paulo/SP: Contexto, 1992.
NETTO, Eugênio. Fernando Gomes Pedroza: um centenário que honra a indústria brasileira. Rio de Janeiro/RJ: Artes Visuais Produções, s.d.
SANTOS, Paulo Pereira dos. Evolução econômica do Rio Grande do Norte: século XVI ao XX. Natal/RN: Clima, 1994.
Comentários
VLW