Vigilância sanitária em Fernando Pedroza
Um órgão que, possivelmente, terá uma atuação tímida. É o que demonstra o discurso de um dos membro da vigilância sanitária.
Se um comerciante não estiver vendendo o produto respeitando as normas vamos comprar briga? Não. Vamos procurar outro que respeite, disse hoje um dos membros no programa Momento da Saúde.
É verdade que o consumidor tem um importante papel na fiscalização sanitária. Porém, é preciso considerar a situação de dependência de muitos consumidores. Estes quase sempre pagam parcelas de sua dívida deixando um resto para o pagamento seguinte. E fazem isso sucessivas vezes. Com isso muitos, mesmo percebendo o descumprimento das normas da vigilância sanitária, preferem manter o silêncio – primeiro para desagradar o comerciante (pois é grato a ele) e segundo para não perder o fornecedor. Na situação apresentada o consumidor não terá o poder de procurar outro, pois depende do comerciante.
Outro ponto relevante que ofuscará, pelo menos no primeiro momento, é a atuação da prefeitura. Já estamos a aproximadamente 8 anos sem matadouro público e os animais são abatidos no município vizinho – quando de grande porte (como o gado bovino), ou em casa quando porte menor – como é o caso dos caprinos/ovinos e suínos. O fato de se abater em Angicos não é o problema, mas sim o transporte que é inadequado. Será que isso será resolvido? Quanto a merenda escolar, será que o problema está só na escola? Certamente não. Já presenciamos a empresa que fornece alimentos para as escolas transportar as bebidas lácteas apenas em sacolas sob a luz do sol e inclusive carnes.
Para uma atuação eficiente a vigilância sanitária necessitará resolver os maus exemplos dados pela prefeitura – como fornecer transporte inadequado para os marchantes e adquirir alimentos de fornecedores que não respeitam as normas da vigilância sanitária. E terá que fiscalizar, ir até os comércios e em alguns ou muitos casos comprar briga. Pois muitas situações de irregularidades é proposital. Já devolvemos alguns produtos com embalagens violadas ou com prazo de validade ultrapassado e mesmo assim o comerciante retorna o produto para prateleira. Será um trabalho árduo, no entanto não poderemos agir com timidez.
Comentários
Respondendo a sua pergunta eu diria que a explicação só será necessário se o coordenador do Programa Tribuna Livre atender as exigência da direção da rádio e mesmo assim a direção recusar o novo projeto do programa. Se isso ainda não aconteceu, então não há o que explicar.