Vale a pena eleger candidatos a vereadores e prefeito de uma mesma coligação?
Nas eleições municipais as coligações pedem aos eleitores para elegerem os candidatos a vereadores e prefeito do mesmo grupo político. Pois, um prefeito com um grupo de vereadores lhes apoiando trabalha mais pelo povo. Teoricamente deveria funcionar assim. Mas na prática a prioridade tem sido dada aos interesses particulares.
Vejam as situações a seguir e tire suas conclusões.
Situação 1
No dia 11 de julho de 2008 a minha chegada na escola municipal Fabrício Pedroza coincidiu com a chegada de um dos transportes contratados pela Secretaria Municipal de Educação para transportar os alunos da zona rural. Fiquei admirado com a capacidade dos alunos de aproveitarem os espaços desse veículo. O transporte tem capacidade para transportar 8 pessoas, além do motorista. Porém, nesse dia, contei 22 passageiros (entre crianças e adultos), saindo desse veículo. Segundo os alunos entrevistados o transporte vem superlotado há aproximadamente 5 dias. A alegação que se tem é que o ônibus, carro responsável pelo transporte dos alunos, está quebrado.
Perguntamos: será que essa é uma justificativa convincente? Onde está o respeito a dignidade da pessoa humana? Passageiros que deveriam ser transportados em três carros desse tamanho vem em apenas 1. E os nossos vereadores eleitos para fiscalizar o poder executivo, Onde estão? A maioria está apoiando o prefeito; estão em silêncio. Cadê a voz que lhes demos? Por que não estão gritando?
Situação 2
No dia 15 de julho uma aluna, antes de sair da sala de aula, disse: professor, amanhã, provavelmente, eu vou faltar. Perguntei: você é profeta? Como sabe que não virá no dia seguinte? Respondeu ela: é porque o carro está quebrando. Ontem não vim porque ele quebrou. Fiz pouco caso da sua informação, pensei que era suposição sem fundamento. O fato é que a aluna faltou. Motivo, o carro quebrou. Será que essa menina é mais inteligente do que o proprietário do carro ou mesmo que os lideres das repartições responsáveis pela educação municipal? Foi capaz de prever antecipadamente o que aconteceria. Será que a liderança política não sabe que carro velho e acabado dá problema. Certamente, sabem. Porque então, permitem que o proprietário ganhe a licitação? Talvez a resposta esteja no proprietário. Carro velho é barato. Porém trabalhando para a prefeitura ganha muito. Principalmente se por traz do laranja estiver um parente muito próximo.
Apresentei essas duas situações apenas para mostrar que os discursos dos nossos políticos são pura hipocrisia. A essência deles está nos cofres dos bancos. Imagine ou simplesmente abram os olhos e vejam como é a situação de um município onde uma mesma coligação tem o poder do executivo e do legislativo. Pelo que vimos nessas duas situações não é bom para o eleitor votar em candidatos a vereadores e prefeito de uma mesma coligação. O grande ganhador será o prefeito vitorioso, caso a bancada maior no legislativo seja a da coligação vitoriosa. Geralmente é a família desses candidatos que terão as melhores oportunidades. Muitas vezes usam o nome do cidadão leigo ou mesmo do entendido como laranja para ocupar os cargos importantes ou mesmo para vencer as licitações. Está na hora de darmos um basta a essa democracia de aparências. E você, o que acha?
Vejam as situações a seguir e tire suas conclusões.
Situação 1
No dia 11 de julho de 2008 a minha chegada na escola municipal Fabrício Pedroza coincidiu com a chegada de um dos transportes contratados pela Secretaria Municipal de Educação para transportar os alunos da zona rural. Fiquei admirado com a capacidade dos alunos de aproveitarem os espaços desse veículo. O transporte tem capacidade para transportar 8 pessoas, além do motorista. Porém, nesse dia, contei 22 passageiros (entre crianças e adultos), saindo desse veículo. Segundo os alunos entrevistados o transporte vem superlotado há aproximadamente 5 dias. A alegação que se tem é que o ônibus, carro responsável pelo transporte dos alunos, está quebrado.
Perguntamos: será que essa é uma justificativa convincente? Onde está o respeito a dignidade da pessoa humana? Passageiros que deveriam ser transportados em três carros desse tamanho vem em apenas 1. E os nossos vereadores eleitos para fiscalizar o poder executivo, Onde estão? A maioria está apoiando o prefeito; estão em silêncio. Cadê a voz que lhes demos? Por que não estão gritando?
Situação 2
No dia 15 de julho uma aluna, antes de sair da sala de aula, disse: professor, amanhã, provavelmente, eu vou faltar. Perguntei: você é profeta? Como sabe que não virá no dia seguinte? Respondeu ela: é porque o carro está quebrando. Ontem não vim porque ele quebrou. Fiz pouco caso da sua informação, pensei que era suposição sem fundamento. O fato é que a aluna faltou. Motivo, o carro quebrou. Será que essa menina é mais inteligente do que o proprietário do carro ou mesmo que os lideres das repartições responsáveis pela educação municipal? Foi capaz de prever antecipadamente o que aconteceria. Será que a liderança política não sabe que carro velho e acabado dá problema. Certamente, sabem. Porque então, permitem que o proprietário ganhe a licitação? Talvez a resposta esteja no proprietário. Carro velho é barato. Porém trabalhando para a prefeitura ganha muito. Principalmente se por traz do laranja estiver um parente muito próximo.
Apresentei essas duas situações apenas para mostrar que os discursos dos nossos políticos são pura hipocrisia. A essência deles está nos cofres dos bancos. Imagine ou simplesmente abram os olhos e vejam como é a situação de um município onde uma mesma coligação tem o poder do executivo e do legislativo. Pelo que vimos nessas duas situações não é bom para o eleitor votar em candidatos a vereadores e prefeito de uma mesma coligação. O grande ganhador será o prefeito vitorioso, caso a bancada maior no legislativo seja a da coligação vitoriosa. Geralmente é a família desses candidatos que terão as melhores oportunidades. Muitas vezes usam o nome do cidadão leigo ou mesmo do entendido como laranja para ocupar os cargos importantes ou mesmo para vencer as licitações. Está na hora de darmos um basta a essa democracia de aparências. E você, o que acha?
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